Rússia garante que não pretende derrubar governo da Ucrânia

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, garantiu, nesta quarta-feira (09/03/2022), dia em que se completa duas semanas de guerra, que a invasão russa à Ucrânia não tem entre seus objetivos derrubar o governo de Volodymyr Zelenski.

A declaração porém destoa das falas dadas no começo da guerra, na madrugada de 24 de fevereiro, pelo presidente Vladimir Putin com o objetivo declarado de “combater o nazismo” na Ucrânia; em meio a acusações de que a gestão Zelensky tinha associações com grupos neonazistas.

O presidente ucraniano vem afirmando, desde o começo do conflito, que é o “alvo número 1” e que pode ser morto a qualquer momento.

Na última segunda-feira (07/03/2022), um porta-voz do governo listou à agência de notícias Reuters condições para o fim da guerra, que não incluíam a queda de Zelensky.

De acordo com ele, a operação deseja que a Ucrânia se renda militarmente e mude sua Constituição para garantir que nunca irá aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ou à União Europeia. Ainda que reconheça a Crimeia anexada em 2014 como russa e as regiões separatistas do Donbass, no leste, como independente

A Rússia prometeu respeitar uma trégua das 9h às 21h do horário local (4h às 16h no horário de Brasília) desta quarta-feira. Nesta manhã, a vice-primeira-ministra ucraniana Irina Vereshchuk afirmou que os dois lados do conflito concordaram em respeitar o cessar-fogo.

O anúncio de trégua foi semelhante ao de terça (8), que prometia a fuga segura pelas cidades de Kiev, Kharkiv, Chernihiv, Sumi e Mariupol. Até o prezado momento, no entanto, apenas um corredor funcionou de fato, saindo de Sumi, quando cerca de 5.000 pessoas deixaram a cidade.

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